janeiro 06, 2013

Nova Friburgo, 2012


Nova Friburgo, 2012

                - Pai, pai, vem ver! – Gritou da sala Rogério.
                - O que é, filho?
                - A notícia da TV!
                “Urgente! Ataque a capital da china, Pequim, acabou de ser realizado. A sede do governo socialista foi bombardeada por mísseis supostamente enviados de caças estadunidenses. O secretário de defesa dos EUA não confirmou a autoria dos fatos, porém também não desmentiu. A situação estava ficando instável desde o inicio da disputa por petróleo entre os dois países. No momento foram confirmadas 144 mortes e 547 vítimas. Hu Jintao saiu ileso.”
                - Nossa...
                Carlos, em pé com uma das mãos no sofá branco gelo onde seu filho estava deitado viu a notícia e as primeiras imagens de um ataque imponente. Era 1 da tarde no Brasil, ou seja, ___ horas nos Estados Unidos e ___ horas na China.
                As imagens mostravam a sede do governo chinês em chamas, pessoas saindo queimadas e os bombeiros locais tentando a pagar o fogo.
                - Só podem ter sido os americanos mesmo.
                - O que houve?
                - A China foi atacada agora pouco.
                - E por quê?
                - Petróleo, lógico.
                O cheiro da macarronada de Elídia chamara seu esposo para a cozinha. Rogério veio atrás correndo com fome. Sentaram os 3 na mesa e comeram normalmente, sem conversar, em um grande e interrupto silêncio, pois Carlos acreditava que o almoço era um momento sagrado e de paz se alimentar bem.
                Contraditório talvez, pois ele era primeiro-tenente do exercito brasileiro. Em suas missões, seja de treinamento de recrutas, seja de situações reais, a comida não era bem preparada e muito menos havia tempo para se comer sossegado.
                - Querida, vou sair. Rever os amigos.
                - Pai, posso ir com você?!
                - Melhor ficar em casa e estudar pra um dia ser igual ao papai, não acha?
                - É. – Rogério fechou a cara, mas concordou.
                - Então estude que um dia você vai ser até melhor que o papai.
                - Vai lá, meu amor, passa no mercado e trás algo pro jantar?
                - Trarei.
                Saiu Carlos. Ele havia voltado a 2 anos de uma missão de treinamento de alguns recrutas das cidades vizinhas. Ligou para alguns de seus amigos de ensino médio que revia até agora, depois de 18 anos.
                - Ei, vamos beber?
                - Sim, estou descendo para o centro.
                5 horas da tarde e já estavam todos os amigos reunidos num bar da cidade. Bebendo, colocando o papo em dia, contando piadas. Porém pararam pra ver o que a nova notícia urgente da emissora:
                “Urgente! A China contra-ataca! Mesmo os EUA não confirmando a autoria do ataque à sede chinesa, Hu Jintao mandou um contra-ataque massivo ao leste dos Estados Unidos que resultou em 234 mortes e 1.778 feridos. A ONU já foi convocada e procurará tomar medidas para evitar uma nova guerra”
                - Caralho, esses chineses não perdem tempo hein?
                - Não é? Ainda acho que isso vai dar uma merda muito grande.
                - Cara, já está dando.
                A noite estava chegando e Carlos então decidiu ir para a casa, um de seus grandes problemas era parar de beber e ele estava conseguindo controlar isso a um bom tempo já.
                Chegou em casa e foi recebido um caloroso abraço de Rogério e um beijo de Elídia. Foi para um banho gelado para tirar o calor do dia inteiro do corpo, sentou em sua poltrona e ligou a TV, mais uma vez a notícia da vez era os ataques de EUA e China.
                “O secretário de defesa dos EUA disse hoje em uma coletiva de imprensa: Não iremos tolerar ataque dos chineses sem mesmo saber se formos nós mesmo que atacamos, vamos devolver o ataque com todos os nossos esforços! Logo depois o secretário de defesa da china disse: Eles atacaram primeiro, então nós devolvemos, se eles que começaram, que agora assumam e desistam dessa ideia estúpida ou prepare-se”.
                - É, amor, essa porra ainda vai dar pano pra manga. 

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